sábado, 29 de janeiro de 2011

sexta-feira, algures em 2011

sexta-feira, algures em 2011,

Sabem, está frio, está tardio, está tudo. Vi um rapaz caminhar a paços curtos, sem se importar com o peso da neve que lhe molha o corpo e atormenta na alma. Há uma mesma alma que pena pelas ruas da cidade.
Não saberá ele se é a tristeza, se é a tormenta que lhe satisfaz a calma presença sobre a calçada, mal amada, diferente. Há um modo de Ser e de Estar que lhe mostra que a vida é mais que uma passagem, é uma estadia.
Mas o passado passou a correr, hoje no presente descodifica o agir por todo o sentir que já se viveu. Não se sabe se é alegria por caminhar de pé ou tristeza por navegar sentado em sacos de penas, que não são mais que passagens vulgares sobre todos os nascimentos e óbitos, que foram cada momento na vida de cada um, sendo previamente vivido quando tracejado pelo mapa que cada um, amedrontado, tenta traçar.
O rapaz que caminha pelas ruas sente o chão mais presente que nunca, controla com cuidado o bater do coração, o andar e a emoção. A tal emoção que é saber que se está no tempo e no espaço que devem ser abundante em A, B, C… sendo isto tudo o que se deseja.
Toda a essência está louca por aí, enquanto olha para o chão ele sabe que não há segredo que lhe valha, excluindo o saber que há uma bênção que lhe difere pacificamente o seu modo de estar.
O rapaz navega totalmente sóbrio e consciente, distante da origem abençoada que é o Lar, não o achando, pára em cada esquina. Sem mesmo saber se debaixo está a neve a arrefecer-lhe os pés ou a maresia a leva-lo à praia.
Há um sitio onde ele quer estar, mas não há anciãs no sentir. Nunca ele viveu nada parecido, já foi triste, já foi eufórico, já navegou vivo e já se sentiu morto.
Nasce do chão uma força que o leva a passar velozmente num caminho para o descanso, num colchão com penas de onde vai acordar tonto como se fosse a primeira vez humano, que vai alegremente esquecido para o calor da vida, matando assim o rapaz que caminhava sentido pela calçada fria da cidade que também lhe dá chá, bolachas, beijos e abraços. Cada vez que este o procura.
Beijos e abraços, do Rapaz da calçada para o rapaz que acordará amanha e para todos os que tiverem saudades de mim.

another point of expression:

terça-feira, 25 de janeiro de 2011

Oscar "Ranhoso Carniceiro" Selvagem

"hoje só escrevi o que tudo me fez sentir, amanha também escrevo o que te fez sorrir o sentir" Oscar "Ranhoso Carniceiro" Selvagem

Dói mais saber da ferida,
que o fazer quando se perdida.
Quando se achada, a pele rasgada,
Abatida, fica-se bem amada
pela dor atraiçoada.
Acalmada, enraivada pelo pior
mais descançada,
de si menor com a dor apanhada.

sem a cor o sol não brilha,
com ardor o calor se se cria.

a aranha desce na fresca no rasgo,
o Fresco dorme no engasgo.
Apanhado fica-se então,
sem a assuprar ou pôr a mão.

o bixo está contente,
tem sangue foi presidente.
O Senhor está triste,
tem tudo, é omipresente.

Morreu a aranha pequena,
bebeu morreu de bariga plena.
Ficou-se morta deitada,
Do Homem mal destroçada.

Sem saber de quem era a culpa,
tropeçou, o cadaver do bixo,
só rebolou, tavez pelo capricho
de Tudo, sem teto ou Futuro.




Run away, the melody is the one who knows the way,
because you have the real music felling,

don´t worry, be mad. (not sad happiness men)